segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Faz este ano 100 anos em que Marie Curie ganhou o prémio Nobel da química

Marie Curie nasceu na Polónia em Varsóvia a 7 de Novembro de 1867.
Mudou-se para Paris. Licenciou-se em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne.
Em 1895 casou-se com Pierre Curie, professor de Física. Henri Becquerel, em 1896, incentivou Marie a estudar as radiações emitidas pelos sais de urânio. Marie e o seu marido começaram a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda. Em 1898 chegaram á conclusão que haveria, na pechblenda, algum componente que libertava mais energia que o urânio. Tendo nesse mesmo ano anunciado a sua descoberta à Academia de Ciências de Paris. Após vários anos através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos; o primeiro nomeado em homenagem á sua terra natal, Polónio; e o outro Rádio, devido á sua intensa radiação. O casal Curie inventou os termos radioactivo e radioactividade para caracterizar a energia liberada da espontaneamente por este novo elemento químico, o rádio.
O casal Curie junto com Antoine Henri Becquerel receberam o Prémio Nobel da Física “em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos nas suas investigações conjuntas sobre os fenómenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel”.
Marie, em 1911, recebeu o prémio Nobel da Quimica “em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, pela descoberta dos elementos rádio e polónio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento”. Não patenteou o processo de isolamento do rádio permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.
Foi a única pessoa que recebeu dois Prémios Nobel em áreas científicas.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Com objectivo de angariar fundos foi aos Estados Unidos onde foi recebida de uma forma triunfal.
Marie foi a fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas importantes. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
Morreu perto de Salanches, em França a 4 de Julho de 1934 vítima de leucemia devido á exposição maciça a radiação durante o seu trabalho. A sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu pela mãe o segundo Prémio Nobel da Química em 1935.
            O seu livro “Radioactivité”
(escrito ao longo de vários anos) é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados com a Radioactividade clássica.
            Foram feitos dois telefilmes sobre a sua vida. O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio (Cm) foi baptizado em honra do Casal Curie.


Márcia Lopes

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